
O amor inculca,
E chega que incomoda.
Alguém pergunta:
Tem forma?
Será que me in(forma)?
Onde é que está?
E eu atrás de algo,
Algo que se assemelhe a este desejado,
Mas vou nos lugares mais inusitados.
E, confusa no meu caminho,
Olho no espelho e sei:
Não estou sozinha!
Continuo à procura,
Ainda quero encontrá-lo.
Descubro que o amor por mim mesma,
Está sim em um lugar inusitado
E, agora, mais inusitado,
que de tão perto
Jamais fora esperado.
Páro, olho pra mim e descubro
que aqui, bem dentro existe,
muito além de entulhos,
marcas desse amor
escondido.
E regando a terra em prantos,
carrego agora comigo
o meu mais que tesouro,
um novo amigo:
Esse amor,
que antes estava perdido.