E se ia a multidão...
E se juntava em multidão
E se formava a multidão!
Mas nenhum ali se via como multidão
Estava ali, mas se via só
E o era assim
A multidão mais multidão já vista:
Multidão de sozinhos, multidão interior
Uma multidão de pensamentos que seguiam o fluxo
Que prosseguiam no seu “traçado” destino
Que se moviam ao vento
Pois não há outro que a impulsionasse
Apenas caminhava
Em lentos passos.
Lentos conformados, lentos acomodados
Lentos pés que ainda andavam.
Ainda a andança, porque ainda havia vento,
E mesmo aos domingos, o vento não parava.
E engraçado é que a multidão,
A que concretamente tinha pernas,
Já havia parado de andar há muito tempo!
E se juntava em multidão
E se formava a multidão!
Mas nenhum ali se via como multidão
Estava ali, mas se via só
E o era assim
A multidão mais multidão já vista:
Multidão de sozinhos, multidão interior
Uma multidão de pensamentos que seguiam o fluxo
Que prosseguiam no seu “traçado” destino
Que se moviam ao vento
Pois não há outro que a impulsionasse
Apenas caminhava
Em lentos passos.
Lentos conformados, lentos acomodados
Lentos pés que ainda andavam.
Ainda a andança, porque ainda havia vento,
E mesmo aos domingos, o vento não parava.
E engraçado é que a multidão,
A que concretamente tinha pernas,
Já havia parado de andar há muito tempo!
16 comentários:
Ai... Desculpa! Esqueci de colocar no quintal que você me deu os selos... Não foi por mal. É que recebi muitos, de muitas pessoas. Você consegue me perdoar?
Beijocas.
Babi,
Amei o poema, as metáforas! Vejo a pós-modernidade exatamente assim... as pessoas presas às suas verdades, aos seus problemas, aos seus umbigos, mas têm algo em comum. Em massa, deixam-se levar por esse vento que sopra pra algum lugar sem rumo e distante de Deus, que as distancia da única Verdade que de fato há: Jesus, o caminho, a verdade e a vida.
Mas e a multidão que tem pernas? Por que ela anda parada, de braços cruzados? Por que justo quando elas mais precisam não fazem a diferença? O amor anda se esfriando? A Profecia está se cumprindo?
Poxa, muito bem feito e cheio de conteúdo. Posso pegar seu poema e levar pra debater sobre ele com amigos da igreja?
Bjos,
Zy
Depois de me redimir, voltei para ler...
Amei!
Muitos anos atrás, quando eu ainda escrevia totalmente ao estilo "Meu querido diário", eu escrevi um texto sobre o mesmo assunto. Porque eu me sentia assim: sozinha na multidão. Solitária. Vazia. Seca.
E demorou muito tempo para eu começar a me sentir diferente. Hoje sei apreciar cada um dos meus momentos de solidão, e sei que eles são necessários. Sei ser sozinha, sem ser solitária.
Beijocas.
Comentei o outro texto... Beijinhos.
Mto bom Barbara!!
No meio da multidao que encontramos os mais sós.
Perdidos tentam se achar e encontrar outros. Mas são tantos que não são nenhum.
abraços
É fantastica a tua forma de pintar palavras...
Doce beijo
Acho que vc já me explicou esse poema e sua angústia de ver a multidão carregando tanta gente que não sabe o que quer.
Gostei Bárbara! ;) Pra variar... rs
bjos
Acabei de comentar um texto sobre solidão no blog da Ju carbé e vc também tem um de solidão. well, lets go! a pior solidão é aquela que não importa estar pertod dos outros,estar em umamultidão,aindanos sentimos sozinhos, porqe falta algo, e esse algo pode ser nós mesmos. belo Post, uma antítese muito boa, Multidão/solidão, nem sempre estar acompanhado significa estar acompanhado. dentro de nós existe algo bom que ilmunia tudo ao redor, quando descobrimos isso, aí sim nos sentimos alegres!
Babi,
A multidão é como nós, cada um de nós, que segue essa vida cantando os versos dos Los Hermanos:
"Eu preciso andar / Um caminho só / Vou buscar alguém / Que não sei quem sou".
Todos chamam de geração perdida. Não sei se é perdida, mas sinto que ela falta se encontrar em alguns aspectos, alguns valores do passado que eu insisto em valorizar no mundo.
Belas palavras!
Beijo grande,
Daniel
Retribuindo visita.
Gostei bastante do teu blog.
Achei " a multidão com pernas que não andam" simplismente perfeito.
VocÊ escreve muito bem.
Beijo.
Este poema me fez lembra um pequeno poema de Quintana:
"Sempre me senti isolado nessas reuniões sociais: o excesso de gente impede de ver as pessoas...".
Muito bacana o seu blog, me espere que eu voltarei..
Nilson Young
A rua dos Cataventos.
É.
E andei 'disfarçado' por aqui, no meio da multidão.
Desejo-te felicidades.
Manuel
http;//de-proposito.blogspot.com/
uau..
A multidão inerte...
Impressionante..
Muito bom jogo de palavras.
beijos menina.
Adorei...sempre é no meio da multidão que nos sentimos mais sós...
um abraço, menina!!!
Garota,
O seu blog é muito bom!
Deus te abençoe muito!
Um forte abraço...
Se você conhecer Jesus Cristo, nunca mais você vai se sentir só na multidão!!!!
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