Dor que dói em mim,
Afinal é tão minha assim?
Não, não...
essa dor é de outrem.
O que te abate então, coração?
O gostar de doídos,
Doloridos doidos
Que agora choram.
- É que sofri...
tão junto contigo,
- E agora... (respiro)
o meu sangra também.
- E agora? (prefiro)
Agora consigo ver-te nos olhos
E amar-te ainda.
Sim, eu também choro.
Tento entender seus motivos:
"Distanciei-me por não saber amar."
Vácuo nosso...
- Alguém sabe amar?
Vc não merece amor?
Porque se condena a tanto?
Quis perguntar-te se merecia o meu.
" O amor não existe"
- Amor não se agradece.
Não tive o que responder hoje, lembra?
Não pude agradecer e nem retribuir.
Silenciei-me sincera,
Abri-me: já te amo.
Não há fuga,
não há resposta
Não me agradeça
Não é pela retribuição.
"A vida faz essas coisas."
Posso pedir para começar a amar-se?
- Posso te pedir uma coisa?
Procure o que é que haja em você que te faça especial.
É que a felicidade dá medo, mas está muito ao nosso alcance.
E ela - essa felicidade bonita- é a que mais te deseja.
Entregue-se a ela, menina!
E se ame de verdade.
- Seu riso pode vir de dentro, acredite!
E o amor? Ah.. ele existe aqui sim.
- Pode nomeá-lo diferente, se você o tiver em si.
Mas permita-se amar ...
Queria te dizer para usar apenas a tecnologia.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
sábado, 15 de novembro de 2008
Sobre disposição
Andei pelo lado errado da rua. E machuquei-me no buraco que por ali havia. Sofri e surpreendi-me com tamanha disposição. É... acho que era disposição o que havia me mim. Sofri por instantes. O mundo não desabou, meus tetos não ruíram e não havia lentas músicas sórdidas, com um tom de psicodelia, rock depressivo ou desespero. Minha face não se desmanchou em cores nebulosas. Minhas vistas não ficaram escuras e meu peito não doeu latente. Não contorci-me em lágrimas, não desaguei-me, não desejei a morte. Não arranquei minhas flores, apenas limpei meu vestido. Não atirei-lhe meus sapatos e nem cuspi-lhe palavras. Não praguejei todos os dias que vivi acreditando que chegaria a felicidade. Praguejei, sim. Praguejei aquele buraco e atribui apenas a ele a culpa da minha dor. Não, minha identidade não era culpada por isso. Não, nem a minha fraqueza, ou minha visão, ou meus devaneios acordada que me tiram do chão e me distraem da realidade. Não, não fiz isso. Não me culpei. Apenas dispus-me. Dispus-me a sofrer o que ali me trazia, ali, e não meu passado ou meu incerto futuro. E percebi que dispus-me à felicidade, dispus-me a tê-la. Entendo. Estou disposta a sofrer, afinal, estou tão disposta à felicidade.... que disponho-me por inteiro a viver!
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Louca abstração
Ontem conheci uma pessoa que me lembrou alguém. Fiquei por um tempo a prestar-lhe atenção na tentativa de saber de quem se tratava. E aí reparei lentamente os movimentos todos, repetí-lhes em minha mente enquanto gesticulava, e, até fechei por segundos os olhos buscando, procurando...
Até que descobri! Descobri quem me lembrava. Até que veio subitamente em mim um estranho espanto. Soube nesse instante que me lembrava de alguém que nunca conheci. Lembrava-me alguém que vi uma vez de longe. Acho que foi isso mesmo: uma vez. Alguém que já ouvi sobre, alguém que sei alguma coisa da vida, já vi em alguma foto. Como é que explico esse sentimento? Realmente me lembrei dessa pessoa, e cabia exatamente no jeito de rir, na voz, no jeito de mexer no cabelo. Cabia exatamente com o que tinha em mim. Nunca ouvi-lhe a voz e nem sei como sorri, apenas imagino como mexe no cabelo.
Mas o pior desses momentos, foi a conclusão que obtive. A conclusão de que estranho não foi a sensação de lembrar-me de alguém que eu não tinha uma concreta lembrança, estranho foi deparar-me com esse alguém em mim, embora nunca tivesse conhecido. Em mim já tinha apelido e sobrenome, já tinha medo e cara de riso. Como é que eu racionalizaria esse sentimento? É inexplicável. Pode até ser loucura mesmo. Mas que eu tinha essa pessoa em mim eu tinha, e que era daquele jeito ali, era.
Não, não tiro sua razão, é loucura.
Até que descobri! Descobri quem me lembrava. Até que veio subitamente em mim um estranho espanto. Soube nesse instante que me lembrava de alguém que nunca conheci. Lembrava-me alguém que vi uma vez de longe. Acho que foi isso mesmo: uma vez. Alguém que já ouvi sobre, alguém que sei alguma coisa da vida, já vi em alguma foto. Como é que explico esse sentimento? Realmente me lembrei dessa pessoa, e cabia exatamente no jeito de rir, na voz, no jeito de mexer no cabelo. Cabia exatamente com o que tinha em mim. Nunca ouvi-lhe a voz e nem sei como sorri, apenas imagino como mexe no cabelo.
Mas o pior desses momentos, foi a conclusão que obtive. A conclusão de que estranho não foi a sensação de lembrar-me de alguém que eu não tinha uma concreta lembrança, estranho foi deparar-me com esse alguém em mim, embora nunca tivesse conhecido. Em mim já tinha apelido e sobrenome, já tinha medo e cara de riso. Como é que eu racionalizaria esse sentimento? É inexplicável. Pode até ser loucura mesmo. Mas que eu tinha essa pessoa em mim eu tinha, e que era daquele jeito ali, era.
Não, não tiro sua razão, é loucura.
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