quarta-feira, 25 de junho de 2008

Dias agora


São variados dias que remontam essa hora
São variadas horas que remontam meu minuto
São misturados sentimentos que me remontam por inteiro

E posso sentí-los mesclados
Posso vivê-los todos.
Agora.
Somente agora.

sábado, 14 de junho de 2008

Poesia nossa



Às vezes fechamos os olhos e enxergamos além.
Às vezes cruzamos os braços e sentimos além.
Às vezes cruzamos as pernas e andamos muito.
Às vezes andamos, corremos e voamos mesmo sem asas, sem pernas e sem estrada.
Às vezes nos deslocamos desse chão e trilhamos caminhos mais altos.
Conseguimos sonhar de olhos abertos.



Mas há momentos e momentos....


Às vezes a poesia parece desabitar-nos.
Sofremos. Padecemos. E nos sentimos sós.
Mas descobri.
Descobri a poesia desses momentos.
Surpreendi-me com sua presença no real vivido. Ela ainda me habita.
E na luta, no cotidiano, na sinceridade desfruto uma poesia plena, que ainda me é parceira. Degusto o sabor da poesia de viver.
Podemos todos tocar, sentir, pegar, pisar, chorar. Viver!
Onde é que há poesia mais bela?
Onde poderia estar poesia mais sincera?
Poesia esta que nos convive, que nos habita, e que nos constrói. Poesia do ser.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

(Sem título)


Vasilha vazia
Quadro sem cor
tinta sem voz

Há tanto o que falar
E tão pouco
Sobra tanto
E falta mais.


Olho para você
E afugento-me
Olha pra mim.
Encontrei coragem,
Você retoma seu lugar
E eu, agora, fujo,
Mais que correndo,
deparei-me com as vasilhas
Os quadros me saltam os olhos
E a tinta..... sem voz.


O papel só pode estar em branco.